Psicoterapia pela via do corpo
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O Ateliê do Corpo é um projeto de restituição ou criação de espaços íntimos de contentamento existencial, por meio de vivências que visam reintegrar a mente/emoção ao corpo, permitindo ao praticante voltar a dirigir sua própria vida. É realizado em grupo, com as mais instigantes "práticas de si" oriundas da psicologia científica - especialmente a meditação, relaxamento e toques corporais; as dinâmicas de grupo; as práticas de si orientais; as oficinas de criatividade – produzindo profundos contatos com os estados d'alma. O Ateliê do Corpo é, na verdade, uma coleção de ateliês com o propósito de melhorar a relação mente/corpo em sua ligação com os aspectos mais íntimos da personalidade. É uma "arte de si" muito útil no combate ao estresse, na melhora da relação com a angústia existencial, na saúde psicossomática e bem estar geral.
As ideias e práticas que norteiam este trabalho do corpo, inspiram-se nas contribuições da psicanálise (teoria do amadurecimento emocional; objetos transicionais; o brincar; corpolinguagem; corpodiscurso), das dinâmicas de grupo (inteligência social), da filosofia (Sartre e sua tese de que o corpo é “o ser de todas as possibilidades” do humano; Foucault e sua tese do "corpo-prazer"; Ponty e sua ideia de "corpo existencial"); e das teses que embasam as "oficinas de criatividade" ou "oficinas de psicobiografias" de Cupertino.
Público interessado: Qualquer pessoa que deseja uma introdução ao “saber do corpo” e como o corpo participa da constituição do ego, da saúde, dos processos de adoecimento, da angústia e dos processos de subjetivação.
É dividido em uma série de experiências de si, em número variável, sendo que uma destas experiências se dá na forma de um retiro de fim de semana, conforme indicado abaixo:
Ateliês do primeiro semestre de 2017:
03/junho - 14:00h as 17:00h
Ateliê "O corpo como alma" - Ego e corpo - 8 vagas
Cada animal na natureza possui sua voz, nos lembra G. Agamben. O grilo cicia, o sapo coaxa, o cavalo relincha... e a voz do homem, qual é? Parece que sua voz foi soterrada pelas experiências de ser social. Há quem diga que a voz do homem aparece no grito, no urro, no susto. E há a possibilidade de esta voz pré-histórica no homem ser sua nota fina, seu modo mínimo de ser, modo autêntico. Na infância - infans - sem voz (fonos) apelamos para tentativas de comunicação direta entre nosso corpo e a realidade (mãe, ambiente, mundo). Essa comunicação incluiu choro, grito, júbilos da própria vida do corpo, que ainda não se podia falar em "eu"; os murmúrios, os sons da própria barriga, sons dentro da garganta etc. Esses primeiros sons estão ainda vivos no adulto e podem ser ressentidos e úteis para uma arte de si. Por outro lado Freud, informou que a pele seria nossa primeira forma de eu, e isso certamente tem a ver com os profundos estados de solitude ou solidão essencial, que uma pessoa experimenta ao trabalhar o/no corpo. Estas duas posições - pele como primeira forma de ego e a busca da voz, para além da linguagem, são os motivos deste ateliês do corpo.
Além disso, os participantes passarão pela experiência de meditar, tanto passivamente - ouvindo, vendo e acompanhando os próprios pensamentos, quanto ativamente, interferindo neles, a partir de seu habitar o corpo.
Ateliê "O corpo como alma" - Ego e corpo - 8 vagas
Cada animal na natureza possui sua voz, nos lembra G. Agamben. O grilo cicia, o sapo coaxa, o cavalo relincha... e a voz do homem, qual é? Parece que sua voz foi soterrada pelas experiências de ser social. Há quem diga que a voz do homem aparece no grito, no urro, no susto. E há a possibilidade de esta voz pré-histórica no homem ser sua nota fina, seu modo mínimo de ser, modo autêntico. Na infância - infans - sem voz (fonos) apelamos para tentativas de comunicação direta entre nosso corpo e a realidade (mãe, ambiente, mundo). Essa comunicação incluiu choro, grito, júbilos da própria vida do corpo, que ainda não se podia falar em "eu"; os murmúrios, os sons da própria barriga, sons dentro da garganta etc. Esses primeiros sons estão ainda vivos no adulto e podem ser ressentidos e úteis para uma arte de si. Por outro lado Freud, informou que a pele seria nossa primeira forma de eu, e isso certamente tem a ver com os profundos estados de solitude ou solidão essencial, que uma pessoa experimenta ao trabalhar o/no corpo. Estas duas posições - pele como primeira forma de ego e a busca da voz, para além da linguagem, são os motivos deste ateliês do corpo.
Além disso, os participantes passarão pela experiência de meditar, tanto passivamente - ouvindo, vendo e acompanhando os próprios pensamentos, quanto ativamente, interferindo neles, a partir de seu habitar o corpo.
24/junho - 14:00h as 17:00h
Ateliê "Palavras ditas e não ditas" - 8 vagas
Respirar e viver. Res - coisa; piro - fogo; coisa ígnea, calor vital. Pulmões, pneuma e espírito estão ligados a sentidos de alma, sentimentos, libido, vontade, potência e desejo. Ao nascermos o que nos garante a condição de estarmos vivos é o ar que no adentra os pulmões. Nos apropriamos do ar e assim viemos à vida. Essa apropriação se dá não sem um sem-número de dificuldades e as vezes de transtornos, que serão uma espécie de assinatura do eu. Além disso, é com ar que vamos falar e dizer, vamos pensar e sentir. Esse ar pode ficar preso no peito, na cintura, no pescoço. Em cada lugar uma experiência de ser e se sentir. Neste ateliê, além do som como liberador de tensões do amadurecimento pessoal, vamos trabalhar as cadeias músculo-egóicas tensionadas pelo (ab)uso social.
Incluiremos mandalas com/no corpo; dinâmicas de grupo "eu sou o que sou"; o desenho de si; a biografia de si. Sons bijas (fórmulas sonoras advindas da cultura indiana) batimentos do/no corpo.
Ateliê "Palavras ditas e não ditas" - 8 vagas
Respirar e viver. Res - coisa; piro - fogo; coisa ígnea, calor vital. Pulmões, pneuma e espírito estão ligados a sentidos de alma, sentimentos, libido, vontade, potência e desejo. Ao nascermos o que nos garante a condição de estarmos vivos é o ar que no adentra os pulmões. Nos apropriamos do ar e assim viemos à vida. Essa apropriação se dá não sem um sem-número de dificuldades e as vezes de transtornos, que serão uma espécie de assinatura do eu. Além disso, é com ar que vamos falar e dizer, vamos pensar e sentir. Esse ar pode ficar preso no peito, na cintura, no pescoço. Em cada lugar uma experiência de ser e se sentir. Neste ateliê, além do som como liberador de tensões do amadurecimento pessoal, vamos trabalhar as cadeias músculo-egóicas tensionadas pelo (ab)uso social.
Incluiremos mandalas com/no corpo; dinâmicas de grupo "eu sou o que sou"; o desenho de si; a biografia de si. Sons bijas (fórmulas sonoras advindas da cultura indiana) batimentos do/no corpo.
Ateliê de Imersão – Retiro de um final de semana para 2017 ainda a definir - informe-se sobre a próxima data. Necessário reservar com antecedência - vagas limitadas
Local: Núcleo Cultural da Vila - Rua Afonso Celso 514 - Vila Mariana
Maiores informações por e-mail: levileonel5@gmail.com
Skype: levileonel
Fones: 11-98989.9292 (whatsapp) - 11-3582.4359
Fones: 11-98989.9292 (whatsapp) - 11-3582.4359
Complemento à apresentação do Ateliê do Corpo
Objetivos gerais:
A proposta é dupla: a) uma introdução aos sentidos de corpo desde a antiguidade até a atualidade ocidental (soma, cemitério, corpo como alma, máquina, utensílio etc.) e conceitos orientais de corpo (corpo sutil, corpo mandala, corpo yantra, corpo mantra, corpo diamantino); saber o que pode o corpo na contemporaneidade, o que é uma experiência do corpo; relaxamento, consciência corporal, tolerância psicofísica, resiliência e corpo; ansiedade, traumas e angústia; concentração, meditação, contemplação; foco, medo, corpo como campo lúdico; intuição corporal, autoestima, auto-observação; e b) Uma vivência, na forma de experiências de ser corpo, reconhecendo-o como fonte do eu e suas faculdades de modificar a existência a partir da pele, dos órgãos, dos músculos, da respiração, da postura corporal.
Daí que o Ateliê trata da psicologia do corpo em seu aspecto mais vivencial. Todas as formas atuais de educação intoxicam nossas relações com o corpo, tornando-o o campo onde são feitos todas as experiências de intrusões pedagógicas. Retomando certas experiências corporais experimentadas no alvorecer da infância o Ateliê busca provocar tanto aqueles estados de júbilo, quanto os estados profundos de solidão essencial, vivências arraigadas na pele, na voz, no olhar, no corpo por inteiro – tão importantes na edificação de uma vida de fato viva. Uma vida viva, intensa e consistente, inclui aspectos emocionais de não-integração (sono profundo, capacidade orgástica, relaxamento e de entrar em contemplação), assim como estados integrados (atenção, foco, concentração, autopercepção).
Por causa da intensa solicitação das responsabilidades e compromissos pessoais/sociais desde a primeira infância, muitos perdem sua integração pessoal, tal como sua capacidade de viver momentos de não integração, ou seja, sentem-se desintegrando, esvaziando, perdendo a referência dos sentidos que fortalecem a vida. Surpreendem-se sem motivação e alegria, sem saber a causa ou quando tudo isso começou. Também perdem a capacidade para permanecerem não-integrados, ficando insones, ansiosos, deprimidos, estressados e com sérias incapacitações sexuais.
Para desarmar estas incapacitações, o Ateliê do Corpo é formatado como Experiências da Percepção Corporal, uma vez que o corpo é a nossa ferramenta na sociedade, arcando com o peso das dores de existir. Sua pele é o limite e ao mesmo tempo o meio de ligação entre a pessoa e o mundo. Tais relações, quase sempre, são palcos de grande ansiedade, angústia e mau estresse, levando a pessoa a projetar no corpo suas dificuldades existenciais. Os Ateliês oferecem à pessoa a possibilidade de voltar a viver em um corpo equilibrado, a partir da ampliação e entendimento de seus limites pessoais.
A experiência corporal nos Ateliês pretende reapresentar aos praticantes seus corpos, num apelo ao existir com atenção à linguagem do corpo: essa reapresentação deverá ser o início ou recomeço de uma vida centrada no prazer e na alegria, no relaxamento e na atenção, na força e na delicadeza – binômios de saúde.
Cada Ateliê é finalizado com Meditação e Relaxamento, onde a pessoa é iniciada nos vários passos para a meditação LUMINA, feita em uma série de passos psi-corporais, baseados em técnicas desenvolvidas pelos indianos, combinadas com a visão da psicologia comportamental.
Daí que o Ateliê trata da psicologia do corpo em seu aspecto mais vivencial. Todas as formas atuais de educação intoxicam nossas relações com o corpo, tornando-o o campo onde são feitos todas as experiências de intrusões pedagógicas. Retomando certas experiências corporais experimentadas no alvorecer da infância o Ateliê busca provocar tanto aqueles estados de júbilo, quanto os estados profundos de solidão essencial, vivências arraigadas na pele, na voz, no olhar, no corpo por inteiro – tão importantes na edificação de uma vida de fato viva. Uma vida viva, intensa e consistente, inclui aspectos emocionais de não-integração (sono profundo, capacidade orgástica, relaxamento e de entrar em contemplação), assim como estados integrados (atenção, foco, concentração, autopercepção).
Por causa da intensa solicitação das responsabilidades e compromissos pessoais/sociais desde a primeira infância, muitos perdem sua integração pessoal, tal como sua capacidade de viver momentos de não integração, ou seja, sentem-se desintegrando, esvaziando, perdendo a referência dos sentidos que fortalecem a vida. Surpreendem-se sem motivação e alegria, sem saber a causa ou quando tudo isso começou. Também perdem a capacidade para permanecerem não-integrados, ficando insones, ansiosos, deprimidos, estressados e com sérias incapacitações sexuais.
Para desarmar estas incapacitações, o Ateliê do Corpo é formatado como Experiências da Percepção Corporal, uma vez que o corpo é a nossa ferramenta na sociedade, arcando com o peso das dores de existir. Sua pele é o limite e ao mesmo tempo o meio de ligação entre a pessoa e o mundo. Tais relações, quase sempre, são palcos de grande ansiedade, angústia e mau estresse, levando a pessoa a projetar no corpo suas dificuldades existenciais. Os Ateliês oferecem à pessoa a possibilidade de voltar a viver em um corpo equilibrado, a partir da ampliação e entendimento de seus limites pessoais.
A experiência corporal nos Ateliês pretende reapresentar aos praticantes seus corpos, num apelo ao existir com atenção à linguagem do corpo: essa reapresentação deverá ser o início ou recomeço de uma vida centrada no prazer e na alegria, no relaxamento e na atenção, na força e na delicadeza – binômios de saúde.
Cada Ateliê é finalizado com Meditação e Relaxamento, onde a pessoa é iniciada nos vários passos para a meditação LUMINA, feita em uma série de passos psi-corporais, baseados em técnicas desenvolvidas pelos indianos, combinadas com a visão da psicologia comportamental.
Profissionais colaboradores nos Ateliês: Luiza Scaccabarozzi (Psicóloga CRPSP 06/123193); Vanusa Barboza (Fisioterapeuta CREFITO 3/15418-F).
LEVI LEONEL DE SOUZA - Psicólogo (CRP 06/71348); Psicanalista; Mestre em Ciências da Linguagem e Análise do Discurso com a tese: "O discurso encarnado" (2009); Especializado e supervisionado em Psicanálise Psicossomática; Estudioso das medicinas e artes marciais indianas e chinesas; Foi professor, por longos anos, da União Nacional de Kung-fu. Foi criador do Ashram – Centro de Estudos da Medicina, Arte e Filosofia da Índia Antiga (1990-2003); Autor do livro Energia Vital, 1999 – Ed. Roka, e de artigos e capítulos de livros sobre a corporalidade e seu discurso.